Atenção: essa crítica contém spoilers da série
Nunca achei Vikings uma série perfeita. Entretanto, seus aspectos negativos estavam sempre eclipsados pelas partes divertidas. No geral, era um programa provocativo e bem pensado, com personagens fortes e complexos e uma história interessante.
Nessa terceira temporada, sinto que os pontos negativos dominaram a série. Os personagens e as situações estão cheios de inconsistências, a história está forçada e o que era um diferencial tornou-se entediante.
Pra mim, esses são os principais problemas da temporada:
Magia
De repente, a série deixou de ser ficção histórica para virar ficção fantástica? O vidente, desde o começo, realizava as previsões com 100% de exatidão. E não podemos nem falar que pode ser coincidência, porque TODAS as previsões são perfeitas. Gosto muito de elementos fantásticos, como em Game of Thrones, contanto que estejam bem enraizados na trama. Introduzir esses princípios do nada acaba com a imersão. O vidente continua sem falhar.
Como se as previsões mágicas não bastassem, Aslaug, Siggy e Helga têm exatamente o mesmo sonho: um forasteiro com a mão ferida chegando em Kattegat. Até aí podemos acreditar em coincidência. Bem forçada, mas possível. Então, o forasteiro Harbard chega EXATAMENTE como no sonho das mulheres, faz o pequeno Ivar Sem-Ossos parar de chorar (o que não implica em magia, por si só), cura o menino das dores e desaparece da vila em meio a uma névoa, sem deixar rastros. Podemos argumentar que Harbard usou métodos mundanos para a cura, mas, é claro, seria mera especulação — o que vimos de fato foi uma cura mágica, sem nenhum processo terreno.
Depois descobrimos que Harbard, segundo Floki, é uma manifestação humana de Odin que requer um grande sacrifício após sua visita. Daqui a pouco falo mais sobre Floki, mas esse poderia ser apenas o ponto de vista de um fundamentalista lunático. Só que não faz sentido, porque Harbard realmente mostrou-se um ser sobrenatural.
Ou seja, por mais detestável que Floki tenha se tornado, ele é o único viking que entende como o mundo funciona. Se Harbard pode ser a manifestação de um deus, o deus cristão também pode e deve existir nesse contexto, correto? E Floki não deveria fazer de tudo para agradar os deuses nórdicos?
Aí está o problema: os elementos fantásticos são introduzidos apenas para seguir determinadas tramas, sendo removidos quando concluídas.
Em outro caso, podemos ver a diferença entre magia e onde há espaço para coincidência e interpretação: durante a invasão viking em Paris, a princesa Gisla pede para um sacerdote abençoar a bandeira de São Dinis.
Ela diz que a bandeira e o santo vão ajudar a combater os pagãos, e é o que acontece. Há provas de magia? Não. Os soldados podem ter se sentido inspirados pela flâmula, pela princesa e pelo pensamento no santo e no deus deles e, assim, ter lutado com mais garra.
Floki
O personagem mais interessante de Vikings tornou-se um fundamentalista religioso chato, egoísta e insano. Não faço ideia do motivo de transformá-lo em vilão no auge da série. Apesar de ser fundamentalista desde o começo, a intolerância de Floki alcançou um nível insuportável — seus amigos, sua família e seu povo não significam mais nada para ele. O único sentido de sua vida é satisfazer os deuses.
Esse fanatismo me parece um pouco deslocado historicamente. Pelo que já li, os nórdicos não se importavam muito com a religião e cultura dos outros, diferente dos cristãos e muçulmanos. Enquanto estes sempre se preocuparam em converter os descrentes, os vikings pagões não davam a mínima para o que os outros escolhiam acreditar. Apenas se preocupavam em morrer com uma espada na mão e ir para o Valhalla.
Obviamente, podem ter existido exceções. Mesmo assim, Floki sempre confiou em Ragnar. Ele não via com bons olhos o interesse do amigo no cristianismo, mas a situação escalou de uma maneira tão intensa e absurda que o personagem se perdeu em uma obsessão histérica. Para piorar, Floki também se mostrou covarde — ficou o resto do cerco mal sucedido de Paris escondido debaixo de uma escada.
Siggy e Athelstan
Dois personagens que morreram para manter o enredo fluindo — Siggy para justificar a permanência de Rollo em Paris; Athelstan para transtornar Ragnar e desenvolver o fanatismo de Floki, criando conflito entre esses dois.
A morte de Siggy foi estranha. Ela mergulhou em um lago congelado, salvou os filhos de Ragnar e Aslaug e retornou à superfície para arregalar os olhos, ver o fantasma da filha e afundar para a morte, com Harbard a observando. Como os nórdicos acreditam na reunião com a família e amigos após a morte, Siggy escolheu reencontrar seus filhos. Foi uma morte inesperada, mas compreensível, já que a atriz decidiu deixar a série.
Já a de Athelstan, quase não teve continuidade. O que aconteceu depois que Floki o matou? Como Ragnar encontrou o corpo? Como os outros reagiram? Foi tudo muito rápido e, tirando a desolação de Ragnar, sem consequências equivalentes para um personagem tão importante.
Ragnar
O rei dos vikings já se mostrou engenhoso e cruel contra seus inimigos. Mas contra o seu próprio povo? Contra sua família, seu filho mais velho e herdeiro? Contra a própria vida, colocando todos os seus sonhos em risco?
A raiva de Ragnar contra Floki é justificada, mas sua atitude de colocar a vida de todos os súditos em perigo, não. Esse foi o melhor jeito que ele arrumou para lidar com Floki? Uma vingança passivo-agressiva com a morte de milhares de conterrâneos? Agora que ele descobriu sobre o assassinato de Athelstan, qual será a resposta?
Porunn
O maior desejo de Porunn era se tornar shieldmaiden, mulher guerreira e destemida no campo de batalha. Forte e orgulhosa, ela ignorou os pedidos de Bjorn para se afastar das lutas e fez questão de permanecer na vanguarda viking. Aí, quando um eficiente soldado saxão soca a cara dela até desfigurá-la (porque é muito mais fácil bater no rosto do inimigo com o cabo da espada do que cortá-lo, não é?), a sede de batalha de Porunn desaparece, substituída por uma vaidade e fraqueza infundadas. Ela não se considera mais apta como esposa, mãe ou shieldmaiden.
Se Porunn queria ser uma guerreira viking, ela não sabia dos riscos? Por que ficou tão devastada ao receber um ferimento? Ela partiu de uma personagem corajosa e decidida para uma menina frágil e inconsolável — metade do rosto ferido tirou sua vontade de viver. Os vikings não tinham orgulho de suas cicatrizes? Elas não significavam o triunfo sobre seus inimigos, incapazes de matá-los, e que os deuses os preservaram porque ainda tinham planos maiores?
Não para Porunn. Com o rosto daquele jeito, ela não era uma mulher digna de um marido feliz e um filho saudável.
Ser guerreira só vale a pena com uma pele lustrosa e cabelos sedosos.
Outras inconsistências
As batalhas, de uma maneira geral, contêm poucos detalhes. Nunca sabemos quais os números dos exércitos, e nem é preciso muito detalhe. Saber quem tem a vantagem numérica já fornece mais profundidade. As lutas parecem sempre ser entre 50 pessoas atrapalhadas. Isso nunca me incomodou tanto, mas ficou mais evidente nessa temporada.
Sem falar das estratégias que até uma criança consegue superar — os saxões realmente acharam que a melhor tática contra os vikings era dividir o exército em duas pequenas partes em ilhas opostas, sem ter como um exército ajudar ao outro? Sério?
Em Paris, por que os vikings continuam subindo as escadas do cerco mesmo com elas pegando fogo? Eles entram sem escudos em um corredor estreito, entupido com besteiros do outro lado, e, quando fogem, os que têm escudo correm DE COSTAS?
Outra cena que não gostei foi a do último episódio. Thorstein, na batalha do primeiro episódio, levou uma flechada no braço e começou a morrer aos poucos, tornando-se mais zumbi do que gente. Mesmo com o braço amputado, seu estado não melhorou. O guerreiro resolveu morrer lutando e avançou sozinho contra os saxões.
Bjorn, por outro lado, sobreviveu a duas setas de besta encravadas em suas costas, na altura dos pulmões e do coração, como se nada tivesse acontecido. Sem sequelas.
O truque do caixão que Ragnar armou foi completamente previsível. Sua morte seria comum demais, trivial demais para o maior personagem da série. Além disso, esse cavalo de tróia viking foi apenas uma versão diferente do truque da temporada passada, contra o rei Horick.
Talvez eu esteja sendo duro demais com a série, mas essa temporada realmente me decepcionou. É claro que Vikings possui muitos pontos positivos e coisas que me agradam, mas eu preferi focar em tudo aquilo que está me afastando.
E você, o que acha?
Concordo com tudo, Thiago! Parabéns pela análise e pela coragem de escrever ela, já que as às vezes o que se diz pode não agradar muita gente (como tu falou em outro texto teu).
Primeiro de tudo eu já vou dizendo que gosto muito da série. Descobri por acaso logo que lançaram e me interessou muito. A segunda temporada, na minha opinião fecal, tem um dos plot twists mais épicos que já vi. Foi uma temporada incrível. É uma série fenomenal que tem muito a seu favor, mas essa terceira temporada foi bem… Light comparada com as anteriores.
Meu Deus… Floki tava chato demaaais. Essa “rivalidade” dele com o Athelstan pra mim chegou num ponto que já parecia picuinha entre comadres. E some a isso o fato de ele ter matado o sacerdote. Quando isso aconteceu eu pensei “ferrou, agora ele vai de chato a babaca por ter acabado com o rival”. E foi mesmo.
Lamentei a morte do Athelstan. Já tinha me apegado ao personagem nas temporadas anteriores, mas enfim… Depois de George Martin eu meio que aprendi a lidar com a morte de personagens queridos.
Uma coisa me deixa bastante triste são as incoerências. Bem como tu disse sobre a Porunn. Tinha ela como uma Lagertha: forte, lutadora, bem viking mesmo. Mas bastou aquele ferimento e já caiu na depressão. Pra onde foi aquela força toda de antes? Bjorn também. Tipo, o pai se atirou da muralha e quase morreu. Ele tomou duas bestas nas costas e dois dias depois tava campante e disposto. Por aí dá pra pensar “ah mas o Ragnar é velho, demora pra se curar. O outro é jovem, se cura rápido”, mas tipo…. Alô Terra, cadê possibilidades de infecção, hemorragia?
A parte da morte do Ragnar já seria mesmo previsível que era uma baita duma mentira. Depois de tamanho plot twist da segunda temporada eu pelo menos já esperava qualquer coisa, mas realmente… Morrer definhando não seria a morte certa pra o personagem.
Enfim, não foi uma temporada muito excitando. Várias pontas ficaram soltas. E aquele outro sacerdote que apareceu em Kattegat? Que fim deu? Morreu mesmo? Que planos tem agora o rei Ecbert? Respostas que espero tenhamos na próxima temporada.
Mas apesar de tudo Vikings ainda tem espaço no HD do meu computador. O que foi a expressão de todos quando a princesa Kwenthrith envenenou o irmão? Sensacional. Que cena! E o rei Ecbert mandando o filho dizer pra Kwenthrith que se ela não submeter Mercia a Wessex ia atar cada membro dela em um cavalo e depois olhando pro bispo? Hahahahaha… Vikings é boa demais!!
Oi, Marco! Gosto muito da série também! Ou pelo menos gostava, até essa temporada… realmente, o plot twist na segunda foi incrível. Sem dúvidas o auge da série. Talvez por isso a decepção com a terceira tenha sido maior.
Juro que não entendi a morte do Athelstan. Desenvolveram tanto o personagem, cheio de conflitos (e uma resolução meio boba para esse conflito, com aquele raio de luz e a repentina fé absoluta) para ele ser morto assim, quase sem ramificações.
Hahaha essa recuperação do Bjorn foi demais, né? Até porque ele também deve ter sido jogado da muralha, porque da última vez que apareceu, estava lá em cima, lutando. Uma flecha acabou com Thorstein. Uma queda deixou Ragnar bem acabado. Duas flechas e uma queda não fazem diferença nenhum pra Bjorn hahaha.
Realmente, muitas pontas ficaram soltas. Só não sei se são fortes o bastante para eu assistir uma próxima temporada. Mas é verdade, gostei muito de algumas cenas da terceira: o envenenamento, como você disse, foi fantástico, ainda mais pelas reações. Praticamente toda cena com o Ecbert é ótima. Ele é muito bom ator. Também gostei do monólogo do Ragnar com o corpo do Athelstan, quando ele raspa a cabeça. Foi bem emocionante. A despedida dos personagens no caixão de Ragnar também foi legal, especialmente a do Floki.
Abraços e obrigado pelo comentário!
Eai, eu concordo plenamente sobre a Porunn mas sobre a disputa entre o floki e o athelstan foi muito lindo. O cara me fala que a serie não é sobre ficção porém todas as 3 temporadas são baseadas nos acontecimentos do ragnar e sua disputa entre acreditar em cristo ou em odin, faz parte do personagem e a disputa entre seus dois melhores amigos apenas mostram isso. Alguma cenas de ação realmente deixam um pouco a desejar entretanto a parte do rio em que os exércitos se dividem com metade de cada lado, realmente aconteceu segundo alguns historiadores. Pra terminar, não acho que a recuperação do Bjorn seja o problema, até porque não da pra saber quanto tempo passou, e sim a morte do thorstein que foi muito facil enquanto outros personagens são tão dificeis de morrer ele foi-se muito facíl
Interessante análise.
Acompanhei Vikings desde a estréia e vi um potencial nela que preencheria as lacunas deixadas por GoT, como leitor das crônicas de gelo e fogo, o seriado baseado na obra do vovô assassino me deixou muito triste por assim dizer ao não apresentar soluções para tramas, mudanças desnecessárias em certos arquétipos e desdobramentos completamente opostos de alguns plots.
Com Vikings era tudo muito mais direto, as coisas se resolviam! Até rápido demais pra ser sincero, a escalada de Ragnar para Earl não demorou 5 eps da primeira temporada, coisa que normalmente seria pano pra manga e aconteceria no último ep da temporada.
Bom, primeira temporada me agradou muito, a segunda um pouco menos, o arco de Jarl Borg me pareceu só chato, o King Horic era só uma criança mimada e Jarl Borg um valentão… mas tudo bem, valeu a pena.
A terceira temporada me deixou com uma vontade muito grande de voltar a assistir as duas primeiras, porque ficou a sensação de que faltava algo, faltava a essência das duas primeiras, a resolução de tramas. Claro, não quero entrar nos méritos de direção, fotografia, arte, etc… Os defeitos como você mesmo citou o caso das batalhas, continuam lá, e algumas melhorias também entraram, mas o que eu vejo é o History Channel levando Vikings da mesma forma que leva a maioria dos seus shows de maior duração… Começam bem e degringolam com o tempo, vide Ancient Aliens… no inicio do show havia toda uma discussão “séria” sobre os fatos, hoje é: Fato X não pode ser explicado, são Aliens.
Fico na torcida para ver o rumo que as coisas irão tomar, mas, o amargo na boca ficou e vai ser dificil esquecer.
Ótimo texto, fique na paz e até mais.
Oi, Thiago! Esse ritmo acelerado do Vikings foi o que me prendeu, também. E não é só ação por ser ação — tudo fazia sentido, as ações tinham reações e o enredo se movia dinamicamente. Concordo com você sobre tudo da segunda temporada!
Cara, era exatamente isso que eu tinha em mente sobre o History Channel! Mas como nunca vi nenhum outro programa da rede, só ouvi falar das terrível grade, que tinha pouco de história e mais de realitiy shows, nem fiz essa observação. O próprio Aliens eu achava que era uma galhofada só, não sabia dessa época legal de debater fatos.
Abraços e muito obrigado pela participação e pelo elogio!
Oi, gostei muito do seu ponto de vista.
Achei que td o que disse faz sentido. Terminei hoje a terceira temporada com essa sensação de muita coisa sem sentido. A Porunn toda cheia de força se deixar cair pelo ferimento; Floki, chatonildo, preso demais aos deuses e a sua intriga; os sonhos que se repetiam, se não me engano foram 3, mas só um (até agora) aconteceu…
Enfim… Agora que comecei, quero assistir até o final, espero que essa 4° temporada seja melhor!
Abraço
Oi, Caroline! Peço desculpas pela demora em responder, seu comentário ficou preso como spam.
Muito obrigado pela participação. E acho legal sua vontade em terminar a saga, mas pra mim não dá mais hahaha. Acho que, nessa temporada, os pontos negativos eclipsaram tudo que eu gostava na série.
Abraços
Gostei muito da sua análise sobre a terceira temporada. Em relação a morte do Athelstan, concordo que tenha sido elaborada sem o primor detalhista que vivenciamos anteriormente com a série, mas o fato é que o ator que interpretava o Priest (rsrs) está em outra série sobre o rei francês Luís XIV. O desenvolvimento do Floki na trama me deixou irritada em alguns momentos também, e acho que o comportamento dele realmente é de uma comadre ciumenta, mas consegui ver uma analogia com a queda do paganismo nórdico, Floki sempre se ressentiu da relação entre o Ragnar e Athelstan, e levando em conta que ele foi um dos primeiros seguidores e construtor dos barcos usados nas primeiras incursões, o abrigou quando foi caçado pelo Jarl Haraldson…acho que ele merecia um pouco mais de consideração. Em suma, acredito que o comportamento dele expresse algo de um animal acuado, ele sente que seus deuses e suas crenças estão em risco, como de fato estão, vide a presença de outro sacerdote em Kattegat. A atuação de Gustaf Skarsgard me deixa sem palavras, o elenco, em geral, é muito bom, mas ele e o Linus Roache (Ecbert), na minha opinião, se destacam.
Sobre a Porunn e as inconsistências dos ferimentos e das batalhas eu concordo plenamente, fora que não nos trazem a noção de cronologia, afinal quanto tempo durou o cerco em Paris? E a viagem de Wessex até Kattegat?
Em relação ao primeiro tópico da sua análise eu, inicialmente pensei de forma similar e até mesmo achei que se tratava de puxar a sardinha para a religiosidade nórdica, mas relembrando um dialogo ente a Lagertha e o Ecbert, quando ela fala que seus deuses são de carne e osso, pensei que na verdade, eles tem a intenção de retratar o Cristianismo e o Paganismo com suas formas particulares de manifestação. Se para os vikings, seus deuses visitavam Midgard frequentemente faz sentido que Harbard apareça, enquanto para os cristãos as revelações aparecem em forma de alucinação ou sonhos, como as experiências de Athelstan. Estou ansiosa para ver como eles vão retratar a formação da Normandia e a relação de Rollo e Gisla, não quero um casal Disney, seria incoerente com a trajetória do Rollo e também com o comportamento desafiador da princesa franca.
Oi, Renata! Muito obrigado pela participação. Adorei seu comentário e concordo com toda a primeira parte.
Sobre a saída do ator, eu não fazia ideia! Obrigado pela informação. Ainda assim, achei a morte do personagem apressada e sem a devida importância, mas simpatizo, porque imprevistos acontecem (é o mesmo caso da Siggy).
Nossa, você acertou em cheio na cronologia! Era algo que eu não tinha parado pra pensar, mas que me incomodava justamente onde você mencionou – nas viagens. Os personagens apareciam no destino como se o caminho tivesse sido uma delícia.
Seu último parágrafo é onde discordo, mas, óbvio, é apenas meu ponto de vista. O problema, pra mim, foi a forma de retratar a mitologia, porque abandonaram a metáfora e abraçaram o literal. A forma física de Odin seria considerada uma representação bem legal se a série fosse de fantasia. Entretanto, é uma ficção historica, e eles misturaram com magia. Agora, o que impede Thor de massacrar a cristandade com relâmpagos e o Deus cristão retaliar em favor dos seus? A meu ver, nada.
Suas observações foram incríveis e foi um prazer ter outro ponto de vista sobre as críticas. Fico feliz por ter gostado do texto e espero que continue aproveitando a série!
Abraços
Olá! Obrigada por responder rapidamente. A morte do Priest foi apressada mesmo, podia ser conduzida de tantas formas diferentes, mas pelo jeito, foi o que conseguiram roteirizar com o tempo disponível até a saída do ator. Parece que a nova série que ele participa vai ser interessante. Seu comentário sobre a mitologia foi ótimo. Já pensou se Odin se enche dessa adoração ao Deus crucificado, que, ao mesmo tempo, forma uma Trindade? Rsrsrs. Aí vai ser Odin e o Deus cristão tirando braço de ferro. De um lado um manda as pragas, do outro o pai de todos pede ao Thor que envie os piores trovões. Enfim, seria cômico e não histórico. Vou continuar acompanhando a série e agora o seu blog. Parabéns pelo trabalho.
Muito interessante o texto. Posso não concordar com tudo, mas posso dizer que gostei.
Sobre a questão da magia e história, eu não penso como você, já que apesar da série ser do HISTORY (rs) ela tem diversos desvios históricos, que são muito criticados, mas que são intencionais para o desenrolar da trama.
A parte da fantasia eu percebi desde o primeiro episódio quando Ragnar viu um homem andando pelos mortos e almas sendo levadas ao céu… Ou com as diversas aparições do misterioso corvo… Ou também num episódio da primeira temporada (eu acho), em que Lagertha perdoou uma mulher acusada de traição com a justificativa de que o “amante” tinha sido um deus enviado somente para engravidá-la… Dentre outros fatos que posso não estar me lembrando agora.
Quero dizer que acredito que a série tenha mais a ver com fantasia, do que com fatos.
Achei a terceira temporada mais fraca que as anteriores, mas minha ansiedade para a quarta está em alta. Vikings ocupa meu top 3 de séries.
Abraços!
Floki não estava como antes. Antes ele era forte, patético e engraçado. Agora parece mais um rei medieval cristão.
Olá.
Eu estava procurando por análises que também tivessem percebido pontos negativos na série. Eu acabei de ver o primeiro episódio da segunda temporada e já decidi que não vou continuar assistindo a série. Eu já estava incomodado desde que a esposa do primeiro conde assassinou o marido da filha (na mesma ocasião em que o dito conde morreu no duelo com o protagonista) e não foi julgada por isso. Depois eu quase parei quando o irmão do protagonista, o cara mais sanguinário da série não matou o Floky (ou algo assim – o construtor dos barcos) em combates, inclusive estavam ele e o outro conde batendo no Floky, mas eu segurei a onda e continuei assistindo. Mas, cara, quando o protagonista abriu mão da esposa e de um filho homem já crescido para ficar com uma princesa órfã que carregava uma criança (de sexo ainda indefinido) em uma gravidez que podia nem dar certo (a criança poderia morrer no parto), eu resolvi parar.
Enfim, queria saber se eu é que sou muito exigente ou se vocês também acham que essas coisas ficaram meio forcadas.
Abraço. 😉
Ragnar está fiel aos principios do primeiro episódio quando disse que daria qualquer coisa em troca de conhecimento, Não sei dizer se Ragnar se importa com alguém. Porunn foi decepcionante, Floki foi um chato.
Sei que já está “tarde” para algum comentário, devido aos episódios já lançados…mas…rs…
Gostei da sua análise e, em partes, concordo com alguns pontos. Assisto desde que foi lançada, tive a sorte de descobrir logo no 1º episódio e não parei até agora.
Antes de mais nada, quero deixar claro que sou contra esse lance de ser “mais direto”, “mais rápido”. Deixa muita coisa sem sentido, muitas dúvidas no ar e muitas sem resposta, devido essa “corrida” na história. (Vide a 4ª temporada).
Vamos lá no meu “entender” da coisa toda: Harbard. É conhecido como um dos nomes usados por Odin para andar entre os humanos, ok. Porém, Loki também já o usou e isso ficou bem claro quando ele contou a história, que até então ele era a personagem principal, para as mulheres. No final, ele era um outro participante e não o principal. Segundo a história, Loki estava presente e ajudou Thor em tal missão. Logo, Harbard pode ser Loki. Isso ainda será trabalhado…espero. De qualquer forma, Harbard tem “poderes” e não é nada humano, e se for mesmo Loki pode ter “trapaceado” ao “curar” Ivar.
Floki. Eu amava essa personagem, porém o seu fanatismo absurdo o tornou chato demais. Realmente os vikings não se importavam com a crença de outros povos e darem essa ênfase nele é apenas para ter mais pano para manga e poderem “encher linguiça”. Mas ainda estou perdido com o fundamento dele, o propósito da personagem ou o que esperar. Cada episódio é uma caixinha de surpresa, aí fica difícil.
Siggy e Athelstan. Siggy morreu, no meu ver, para provar que Harbard não é lá essas coisas, não é algo bom. As crianças que morreram, a própria Siggy, os filhos do Ragnar quase morrendo, e todo o “caos” que a vinda dele trouxe. Ele aparecer na morte dela deu mais ênfase na história de Loki que qualquer outra coisa.
Athelstan. Amava a personagem, tinha um papel fundamental, pois o Ragnar é extremamente curioso e o Athelstan completava essa parte. Entendo que a “missão” era representar Cristo na série e mostrar que povos/culturas/crenças diferentes poderiam se ajudar, se dar bem e conviver em paz e que só a ganância mundana atrapalharia. Esse lance de “endeusar” as personagens fica meio confuso e forçado demais, mas, pelo menos, deixa mais claro as ações.
As mortes e alguns acontecimentos não tiveram tanta ênfase por estar “correndo” com a história/episódios. O tempo passa e muito, mas nada é falado a respeito. Detalhes mostram isso. As crianças crescendo, cabelos e barbas maiores, gravidez que não foi acompanhada, essas coisas. Por isso sou contra “ser direto”. Tem que mostrar, falar, contar, explicar as coisas. Do contrário, ou fica sem sentido ou fica “insatisfatório”. Foi o caso da morte do Athelstan…não quiseram prolongar mais e já “cortaram” pro Ragnar enterrando o amigo.
Ragnar. Vikings eram extremamente fiéis ao seu povo e sua família. Ragnar é a prova disso, da família (filhos). Porém, ele tinha um propósito…mostrar que ele sabe e está sempre, ou quase sempre, certo, e os outros não. Bjorn é crescido, criado e sabe se virar. Na visão do pai, ele iria se safar ou nem se machucar por estar sempre “safo”. A idéia do Ragnar é arranjar um lugar melhor para que o povo nórdico, Viking, sobreviva e prevaleça. Ponto.
Quanto as outras inconsistências…Foi mais para mostrar a mentalidade da época, nem todo mundo era um visionário ou inteligente para saber de certas estratégias, detalhes que, hoje, veríamos de longe. Thorstein morreu de infecção, foi o único caso que deram ênfase e detalhes sobre o pós-batalha de um ferido. Apenas para mostrar que nem todos tem sorte, saúde e/ou sobrevivem. Bjorn sobreviveu mais por conta das lendas/histórias. Se Ragnar é descendente direto de Odin, Bjorn também o é. Entendeu? E como na sua primeira grande batalha não sofreu dano algum, não teria pq matá-lo ao ser ferido pela primeira vez. Sem dizer que após a morte do Ragnar, no conto original, ele é peça fundamental na história toda.
Mas, e agora? Na 4ª temporada? Rollo de um lado, Floki com possíveis visões e dividido, Ragnar viciado e extremamente inconsequente/louco/alucinado/sem foco/ sem estratégia/sem visão alguma, Bjorn tomando a frente e sendo mais autoritário, “Cara de Cobra” (Aslaugh) sendo um cobra, Lagertha sendo algo que jamais fora imaginado para a personagem, Rei Eckbert sem mostrar que finalidade ele quer/têm para ele, seus súditos, pessoas ao seu redor e isso desde a 3ª temporada? Fora outras coisas mais. São tantas dúvidas, perguntas que nem sei se serão respondidas, viu? E pq isso? Pela mania de querer “correr” com a história e enfiar uma tonelada de personagens, não explicar nada, não dar tempo/dinheiro de fazer episódios para explicar, jogar um monte de informação com a promessa de responder no futuro…Aí acontece como em Lost, precisam encerrar do nada e fica todo mundo perdido sem entender bulhufas.
Mas…no todo…amo a série, ainda me empolga em cada episódio, dou muita risada com muita coisa e fico intrigado e especulando com muitas outras e, ainda, espero mais história do que mais pancadria.
Concordo sobre as temporadas, a 2° foi o auge da serie. Acho que Athelstan não esta morto, possa ter sido apenas uma morte falsa ja que o ator George esta participando de uma nova serie, sinto que ele pode voltar talvez na 5° temporada. ATENÇÃO ( spoiler a seguir ) .. ate porque ele reaparece na 4° temporada da serie como uma aparição emocionate para Ragnar e Ecbert. No caso da morte de Athelstan creio que o tenha acontecido o seguinte: Floki ja havia reclamado bastante de Athelsatn para Ragnar, ele sabia que floki tinha odio, principalmente depois que Athelstan teve suas visões e declarou absolutamente cristão e jogou bracelete fora, então na hora que floki tenta matar Athelstan ele da um golpe, porem não o mata, mas o deixa bem ferido, Ragnar que estar por perto intervem, e faz um acordo para que Floki deixe Athelstan viver, logo Ragnar leva Athelsatn ferido coberto para alguem cuidar de confiança, para protege-lo das pessoas da região que não o querem entre seu povo e cuidar da ferida. Não vimos Lagertha e nem Bjorn lamentar a morte, não vimos Ragnar jogar o corpo dele na cova, Ragnar poderia ter dito aquelas palavras por ja sentir saudade do amigo por partir a Paris sem ele. Bom essa é minha visão, porque o Escritor da serie Hirst disse que o personagem cresceu muito e não se vê a serie sem Athelstan olhe o que Hisrt escritor da serie disse: ” A importancia dele era tão vital para ambos Ragnar e Ecbert que eu sabia que ele não poderia ir embora. E ele não vai embora, Ele nunca vai embora ” Hirst continuou. ” Acabo de escrever episódio 20 e eu mostrei para eles, e a reação foi: ‘Jesus, você vê isso? Há Athelstan !’
deem suas opniões, o que acham ?
Cara, perfeita análise. Pensei na mesma coisa.
A parada dos Deuses achei massa, mas se for pra focar, foca mais, crie um enredo em cima disso ou que deixe na duvida que nem nas primeiras temporadas. Estou na 3ª temporada ainda, mas poxa… procurei pela internet justamente pq vi os mesmos erros. Inclusive Ragnar que tinha personalidade, nao to vendo mais nenhuma. Deveria mostra algo mais nele diferente ou que destacasse, sabe? Nao so um cara la q se safa, e fica vivo ou que quer sair por ai andando, mas se for pra ele ser bruto q seja muito, se for pra ser estrategista, q mostre algo a mais, se for como pai, mostre tbm, ou que seja inspirado por algum Deus (andarilho) que lhe auxiliasse, se nao for nada disso, que seja um homem com principios diferentes de sua sociedade, ou talvez um cara que nao seja possivel de morrer, que seja ferido, mas se cure mais rapido.
Realmente tem algo faltando na série, mas enfim… irei continuar.
Eu não concordo com algumas coisas. O Floki não virou simplesmente um fanático religioso. Na verdade, ele tinha um ciúme insano da amizade do Ragnar com o Athelstan, que era muito mais intensa do que com ele. Ragnar é a pessoa que ele mais ama no mundo, mais do que a mulher e a filha. Então ele fantasiou que os deuses pediram para ele matar o cristão, mas era só para justificar o desejo de assassinar o Athelstan. Me parece, inclusive, que não faz sentido do ponto de vista dos deuses. Os vikings ou são corajosos ou são astutos. Matar uma pessoa daquele jeito é simplesmente covardia, duvido que isso seja bem visto no além. Sem contar que o Athelstan indicava novos lugares para pilhar, e que, como cristão fanático, a morte dele como mártir foi um presente.
Athelstan, aliás, é o sujeito mais amado da série. Ele é disputado em um bromance tórrido pelo Ragnar e pelo Ecbert, o Björn o ama como a um tio, a nora do Ecbert (esqueci o nome dela) vai para cama com ele e perde a orelha por causa disso. O filho dele com essa moça é acolhido por Ecbert como herdeiro do trono dele logo após o próprio filho, que ele tenta matar o tempo todo. Nenhuma mulher é amada como esse cara. E não é nem relação gay. Isso eu acho meio exagerado.
Quanto ao Ragnar, ele não é mais o viking adorável (na medida do possível) e curioso da primeira temporada. Ele continua curioso, mas se tornou vaidoso e há muito deixou de ligar para o próprio povo. Ele matou o velho que avisou sobre a traição do Ecbert, só para não se desmoralizar e poder continuar com o plano de invasão de Paris. E quando o vidente falou que os filhos se tornariam muito mais famosos que ele, fez cara de quem comeu e não gostou. Considerando a relação de ódio entre Ecbert e o Athelwulf, sem nenhuma explicação do porquê, e o que aquele pai faz com o filho, eu não acho demais supor que o Ragnar queira fazer a vida do Björn, que já tem idade para destroná-lo de fato, MUITO difícil.
Além disso, o truque dele de se fazer passar por morto não seria possível, ou não teria o mesmo impacto, sem a derrota anterior, e ele não poderia atribuir a vitória em Paris à sua engenhosidade.
A coisa da Porunn é estranha realmente, ainda mais porque o Björn não deu a mínima para as cicatrizes e continuou a desejá-la. Talvez seja para mostrar que no fundo a Porunn era uma pessoa um tanto superficial e vaidosa, porque não tinha nada demais evitar uma batalha por estar grávida, não te deixa mais longe de ser como a Lagertha. Foi uma atitude imprudente e depois a reação dela com a nova aparência demonstrava que ela não era badass, era só uma menina iludida com sonhos de glória viking, mas que não conseguia lidar com o lado feio da coisa.
Belíssimos comentários , pontos altos e baixos na minha opinião :
Vikings conta uma brilhante história , com algumas mudanças no contexto geral da história dos vikings , que eram conquistadores e assassinos bárbaros sem a menor noção remorso em matar não só a seus inimigos , mais todos os familiares do mesmo , fossem mulheres e crianças.
Dessa forma não podemos levar na ponta da letra o comportamento dos personagens , mas com os demais amigos gostaria de analizar peculiaridades de alguns que as vezes passa desapercebidas.
Ragnar > corajoso e astuto conquistador devoto aos Deuses nórdicos,jamais reconheceu a força de seu irmao Rollo como principal aliado em suas próprias terras , se torna Lord e logo após Rei, e o que é curioso é que não honra o irmão como novo Lord local,ou Floki seu amigo mais próximo, em sua ausência o Lord Horik ameaça sua família e após sua morte Ragnar deixa seu filho Erlendur vivo para tentar vingar o pai posteriormente , isso nunca aconteceria de fato no mundo dos vikings , assim como Lagherta virar amiga de Syggi ( hahaha ) conspiradora visivel contra Ragna e seu heerdeiro.
Ragnar fica obcecado por Paris sendo que há muitas cidades no reino que poderiam ser exploradas ,para que assim trouxessem a luta para fora dos muros enfraquecendo o Rei de paris e seu exercito.
Lagherta tira o time de campo , quando Ragna engravida a princesa falida magrela , fala serio ein hahaha , ela como guerreira teria cravado uma espada na bandida com certeza.
Mais a série é otima , assisto todos e o fim do ultimo episodio provou que ragnar é o cara mesmo hahaha
Nao concordo completamente…
1- Porrun nao é uma shieldmaiden, ela queria ser… Ela não foi criada pra isso, ela queria ser Lagertha, mas no fundo ela era mais parecida com a Auslug, futil e vaidosa, a intencao era mostrar isso mesmo, eu acredito
2- Floki nao virou um lunático, a personagem dele tava evoluindo pra isso desde a última temporada… Ele falou várias vezes que nao queria lutar uma luta que nao era dele, fora que ele dedicou mt coisa por Ragnar, e foi ‘trocado’ pelo Athelstan. Ele pode ter virado uma personagem detestavel, mas a evoluçao dele pra isso foi clara
3- A série tem como base a cultura nórdica, sob o ponto de vista dos nórdicos, qual o ponto de não retratar os deuses deles como verdadeiros e sim os cristãos, o próprio Athelstan nunca menciona sentir a presenca de Deus de maneiras concretas, fisicas, como os northmen sentem os deles, a própria Lagertha diz que os deuses deles sao de carne e osso.
4- Sobre Bjorn, o nome já diz, Bjorn Ironside, ele é de alguma maneira, abençoado pelos deuses, fora que é um menino novo, que acabou de comecar a lutar, saudavel etc. Torstein já devia ter um sistema imune completamente comprometido, era ‘velho’ anos de batalha nas costas, realmente nuito suscetivel a contrair uma infeccao por conta da flecha em pessimas condicoes de higiene…
Com relacao as estrategias, realmente, aquele irmao mais novo da rainha de Mercia, que vergonha de ser esse cara….
Oi, Gabi! Minhas considerações:
1- A partir do momento em que ela escolheu lutar, ela tornou-se uma shieldmaiden. Não existia nenhum tipo de “graduação” guerreira na cultura viking a não ser o batismo da batalha. Se a intenção era mostrar a Porunn fútil, foi uma terrível e preguiçosa construção da personagem, porque isso não foi indicado em momento algum da série.
2- Pode ser, talvez eu que não tenha gostado do que o personagem se tornou.
3- O problema não é esse: os personagens podem falar de quais deuses quiserem, da forma que quiserem e inventarem as histórias que quiserem. O que, na minha opinião, fez a história desandar foi um deus aparecer em carne e osso — não faz diferença o que a Lagertha fala. Imagina se, ao mesmo tempo em que Odin aparece, Jesus Cristo volta para a Terra e resolve ajudar os saxões. Entende o que estou falando? Virou uma fantasia sem a menor necessidade. A presença irrefutável de um deus entre os humanos foi um mecanismo desnecessário, mal utilizado e atípico para o rumo que a série estava levando, de ficção histórica.
4- Isso não faz sentido. Pelo seu raciocínio, o sistema imunológico do Bjorn é que teria de ser frágil, já que, por ser mais novo, não teve tempo de se expor a agentes patológicos e ganhar imunidade sobre eles, diferentemente de Torstein. Sim, o nome dele é Ironside, mas isso não é desculpa para criar enredos implausíveis de sobrevivência. Sobre ele ser abençoado pelos deuses, acho que pode ser verdade, já que a presença dos deuses na série tiram a existência deles da discussão hahahah.
Muito obrigado pela participação. Abraços!
Concordo com praticamente 99%, única coisa que eu gostaria de fazer uma observação é em relação ao Bjorn e o Torstein. Seguro o próprio Ragnar e o pedido da Lagertha, Bjorn é protegido pelos deuses, tanto é que ele é conhecido por Bjorn Ironside.
Eu comecei a assistir a série recentemente e estou indo para a quarta temporada agora, nesta última e já nas anteriores pude perceber que os saxões pegam camponeses pra lutar ou são inúteis mesmo, pois um viking qualquer que seja consegue derrubar pelo menos uns 6 a 9 soldados saxões… Pode ser que seja apenas o poder do protagonismo mas vai saber… Outra coisa que me deixa intrigado são os deuses não consigo enteder se realmente existem e o muito menos o pq do Deus cristão parecer tão ausente, será que ele realmente está morto na série? Não deveria pois ele ressuscitou no terceiro dia… Magia também é algo que eu gostaria de ver mais ver presente na série pois a mitologia nórdica e celtica é são tão ricas… O ponto que mais me deixou decepcionado foram as mortes necessárias de Siggy e Athestan t-t.
Olá, pessoal! Caindo de paraquedas aqui, e concordo com tudo, apesar de estar bem atrasada :). Só um adendo: o intérprete do Athelstan não saiu de Vikings, foi uma decisão do Michael Hirst mesmo. O ator só foi atrás de um novo trabalho depois de saber que seu personagem morreria. Digo isso porque também achei a morte descabida e muito apressada – e o autor da série disse que tomou a decisão porque achou que tinha que dar um fim ao conflito religioso do personagem.
Sobre o Floki, acho que você não entendeu direito, ele não se importava com o deus cristão, ele se importava com a interferência do deus cristão na vida dele, Ragnar eetava cada vez mais fascinado com o Athelstan e passou a amá-lo mais do que a Floki, que sempre esteve do lado dele e fez tudo para apoiá-lo. Ele não gostava do Athelstan, logo ver Ragnar se tornar cada dia mais parecido com ele o deixou nervoso, o fato do monge jamais recusar a servir seu deus, mesmo estando no domínio de outros, junto com o fato de parecer que ele estava convertendo Ragnar contribuiu para que Floki visse ele e os cristãos com ódio.
A fé dos Vikings era grande, tanto que davam a vida por ela e conforme ela descrevia, viviam pela fé e Floki é a representação desse aspecto.
Eu estava conversando com meu irmão e não deixamos de notar algo, na 2 temporada Floki dá uns cogumelos para Torstein e o mesmo está caido como que morto, e o próprio Bjorn diz que seu amigo foi envenenado. Os mesmos cogumelos foram dados para Rollo e Floki ainda gopeou sua garganta e ninguem falou mais disso…
E na 3 temporada Torstein morre novamente…
Rsrs Persebemos que eles, meio que usam um ressuscitar nos soldados, como no momento em que Rollo está defendendo kathegat e já não haviam muitos inimigos, mas em seguida aparece uma tropa gigante invadindo, mas ficamos sem entender essas duas mortes de Torstein…
E quando Lagertha olha para Athelstan com as mãos jorrando sangue. Não teve mais nenhuma repercussão sobre isso. Ou o cara que foi avisar sobre a invasão à kattegat, porem eles nem sabiam aonde estavam já que foram enviados para outro reino por causa da tempestade pararam em Wessex e somente há uma tabua e pedra de sol e só Ragnar, Floki e Rollo sabem o caminho
Gostamos muito da série, mas esses erros, falta de cuidado com as estratégias, acontecimentos sem explicação… São grotescos.
Se puderem ajudar com esses pontos. ✌
Eu também achei muito estranho, porém preferi acreditar que os cogumelos não eram letais e que o Floki sabia disso, foi só uma jogada inteligentíssima para o rei Horik ser enganado achando que podia confiar em Floki e depois ser pego de surpresa, aspecto importante para ganhar as batalhas como o próprio Ragnar já tinha dito. Porém ficou muito estranho pois Floki também deu os cogumelos para Rollo sem testemunha nenhuma, não fazendo diferença para ganhar a confiança do rei Horik. Indecifrável essa questão. O que acha?
A questão do Athelstan com suas mãos jorrando sangue acho que não precisaria de mais repercussões, acho que era apena um simbolismo de seu julgamento e sofrimento que ele passava quando pecava de acordo com os mandamento do Deus cristão
.
Alguém entendeu por que Lagherta conversa com Rollo dizendo que ele sempre cuidou de Bjorn como se fosse seu próprio filho, e aí ele diz que tudo que diz respeito a ela o interessa. Nesse momento fica uma tensão entre os dois, ele diz a ela que não tem nada mais a dizer sobre o assunto, ela sai e ele fica hesitante se fala ou não.
É Bem decepcionante você assistir a segunda temporada,ficar empolgado com a série e se tornar fã..ai tu começa a terceira (Ela começa ótima nos 2 primeiros episódios) mas do terceiro pra frente as coisas desandam…e ai você continua assistindo achando que vai melhorar..mas só piora..não assisti ainda a quarta temporada..mas se for igual a terceira..nem vou mais assistir…enfim…as duas primeiras temporadas vale muito a pena,recomendo,mas já aviso que vão se decepcionar na terceira.
Querido Thiago
Sua crítica não podia ser mais acertada!
A morte de Athelstan, se realmente tivesse que acontecer, deveria ter sido melhor elaborada e explicada aos fãs de Vikings! Ele foi um personagem extremamente importante, além de ser um ícone na Saga do guerreiro e Rei Ragnar Lothbrok! Os roteiristas e o diretor de Vikings perdem muito por não saber como lidar com as histórias complexas que eles mesmos criaram! A personagem Althestan merecia um desfecho melhor. Enfim… Sou muito fã da Série e espero que ela seja melhor conduzida daqui pra frente!
(Contém spoilers)
Nossa, comecei a quinta temporada agora e posso dizer que a série deu uma guinada . Concordo , alguns pontos eu não tinha parado pra pensar, mas em geral a série tinha decaído bastante. No entanto, pra mim o negócio dos sonhos e a fantasia foi um dos pontos que me interessou a continuar a ver a série.
Ainda não entendi a morte do Athelstan, foi muito insperada, e o Floki tava ridículo mesmo. Eu odiava os conflitos de Wessex, quando o rei Ecbert aparecia, e depois ele ainda tornou a Judith amante dele… Achei aquilo ridículo e não vi nenhuma química entre eles. (não que você tenha falado algo em relação a isso).
Quanto a Porunn, meu Deus, ela era minha personagem favorita até aquele acidente acontecer. Não aproveitaram bem a personagem e depois criaram a filha do Bjorn só pra matá-la depois… E eu não vi ele falando porra nenhuma da filha dele que morreu, quando o próprio Ragnar tinha dado um discurso na morte da Gyda. E depois o Bjorn ainda ficou com a mala da Torvi, que não tinha nem que estar na história… Felizmente ela melhorou nessa quinta temporada, pelo pouco que vi.
Ah, e ainda tem o negócio daquela escrava chinesa, que pra mim tinha uma função na história mas os roteiristas decidiram não aproveitar. Francamente…
A história começa a melhorar a partir da segunda metade da quarta temporada, embora eu tenha algumas ressalvas. Começaram a acompanhar a vida dos filhos do Ragnar e até agora o Ivar é o meu personagem favorito, com os conflitos bem elaborados.
Só achei que aquela vingança contra o Ragnar não teve muito sentido, porque ninguém queria acompanhar ele na viagem pra Inglaterra. A morte do Sigurd foi nada ver, a machadinha nem penetrou direito na pele e o cara morreu. Espero que não tenha sido em vão e os roteiristas tentem abordar as consequências da morte dele.
Concordo com a maior parte desta sua análise!
Sobre Porunn, acho interessante que muitos não levem em consideração a sua gravidez e seu estado de ex-escrava para julgar o estado em que ela entrou após seu ferimento.
Por mais que na série não encontremos menções sobre isso, sabemos que mulheres grávidas podem se tornar muito sensíveis, a mete diz uma coisa mas o lado emocional fica facilmente abalado. Além disso, existe também depressão pós-parto, doença infelizmente muito comum. Mais uma vez, não há menções sobre isso na série, ainda mais porque na época nada se sabia sobre hormônios, depressão, etc. Mas levando isso em consideração, é muito mais fácil entender o que pode ter acontecido com Porunn, emocionalmente falando.
Tirando isso, ela também foi escrava, e escolhida por Bjorn por sua beleza. Escravas eram sexualmente abusadas constantemente pelos homens que as possuíam, pois assim os era permitido, e sabiam que seu maior valor, quando jovens, era sua beleza.
Todos os traumas que um vida oprimida e escravizada traz para uma pessoa vieram à tona. Uma pessoa e sua trajetória não mudam apenas por não serem mais considerados escravos, de uma hora para outra. Isso fica para sempre, uma sombra a sempre te perseguir.
Quando ela viu que seu maior valor como uma mulher na época e único motivo pelo qual a maioria dos homens (inclusive o seu próprio marido) se casavam ou queriam mulheres, sua beleza, se foi, ela obviamente pensou que Bjorn não mais a queria, ou a deixaria em breve, ou a trairia. Quantos senhores dos quais ela já deveria ter sido escrava anteriormente, que traíam suas respectivas esposas ao estuprá-la?
Seu emocional abalado e agora fragilizado pelos hormônios à flor da pele foram a cereja no topo.
Não vi as reações dela como fúteis ou vaidosas, mas sim depressivas, por razões óbvias e profundas.
Não tinha pensado por esse lado. Concordo com seu ponto de vista.
Abraços e obrigado pelo comentário!
Sim, são personagens inconsistentes mesmo !!! Uma hora demonstram força e quando as coisas não convergem com seu mundinho ideal, elas enfraquecem, de uma hora pra outra !!! Iguaizinhos os seres humanos… História inconsistente também, igualzinho a vida… Não há um roteirinho consistente, linear e limpo para a vida… O que devo concluir da sua análise então ?? Que você não gosta de seres humano e da vida ??
Sim.
kkkkkk…
Adoraria ler um desse sobre a 4 temporada!
Cara, acabei ontem a 3 temporada e muito desanimado.
Todos esses pontos que citou foram desanimadores ao extremo.
E queria completar com mais 2
1 Tá rolando muitos núcleos. Nas duas primeiras era tudo focado no Ragnar e isso dava dinamismo e um ponto focal. Em 10 episódios se resolviam milhares de coisas. Agora tem conde francês masoquista, tem rei pegando a nora, tem um padre carregando ferro quente e etc. Tá parecendo novela da Globo com 20 núcleos.
2 Personagens fugindo de suas personalidades, ao meu ver.
Ragnar que nunca deixaria a colônia de wesex, seu maior sonho durante toda serie, see destruido e não fazer absolutamente NADA. E morte de Althestan que ele ignorou a causa. Ragnar apresentado nas duas primeiras temporadas não era assim. Mudou do nada
Rolo, que pra mim, era um dos melhores da serie, vinha numa crescente após ter se aliado ao Borg e depois ser perdoado por Ragnar vinha se mostrando maduro e resignado e do nada tudo isso vai por água abaixo e ele volta a ser a criança invejosa da primeira temporada. É inacreditável.
Bjorn que cuidava tanto dos irmãos abandonou a própria filha.
Vai ser foda aguentar uma 4 temporada de 20 episódios, descobri que tá rolando a 5 e tá confirmada a 6.
Se já viram, só me avisem se melhorar ta, porque se me falar que piora eu desisto.
É uma das melhores séries que já apresentaram na TV, uma história é claro, tem suas mumunhas mas prende o sujeito no sofá e lá se vão uma, duas, três, até quatro horas com a bunda achatada…gostei demais, um trabalho digno dentre as maiores produções até hoje elaboradas com um participação impecável de todos os artistas, nota mil.